Foi com enorme orgulho e responsabilidade que aceitei o convite para comentar os indicadores na área de Trabalho e Emprego no evento de Apresentação pública do "Relatório Pessoas com Deficiência em Portugal: Indicadores de Direitos Humanos 2024".
- A diferença entre a taxa de desemprego das pessoas sem deficiência e das pessoas com deficiência é ainda significativa, sendo de 5,6% (14,7% face a 9,1%, segundo os dados mais recentes, que são de 2022)
- Os dados de 2024 relativos às pessoas com deficiência apontam para um desemprego de longa duração
- O número de colocações profissionais face ao número de pessoas registadas como desempregadas foi residual - apenas 7% (1097 colocações face a 15589 pessoas desempregadas)
- A inclusão profissional de pessoas com deficiência no setor privado, apesar de ter vindo a aumentar, tem uma expressão muito baixa, 0,72% (segundo os dados mais recentes que são de 2022)
Estes foram os indicadores que escolhi como pontos de partida para a minha apresentação, onde procurei refletir sobre algumas barreiras que ainda persistem na inclusão profissional das pessoas com deficiência, mas também deixei algumas pistas de reflexão futuras para ultrapassar essas mesmas barreiras.
Finalizei a minha apresentação com 2 mensagens:
- O Trabalho é um direito fundamental, que impacta com muitos outros direitos!
- Cada um de nós faz a diferença e impactamos todos aqueles que nos conhecemos e por isso temos um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva!
Por último, as minhas palavras de agradecimento ao Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, na pessoa da Professora Paula Campos Pinto, a quem deixo um agradecimento especial, e à sua equipa, Teresa Janela Pinto e Patrícia Neca, por todo o trabalho que desenvolve nomeadamente na monitorização destes indicadores de Direitos Humanos e na sua disponibilização pública.
Por Sara Pestana - Coordenadora da OED
Imagem: ISCSP